Os pés caminham descalços
O chão é quente e úmido, macio
A energia vem dele e sobe pelas pernas
Rejuvenesce, transforma, revigora
Cada passo, um sentimento
O caminhar, uma busca
Tudo é difuso, fugaz, vai-e-vem
Escorre, passa, transita foge
O pensamento tranqüiliza:
- O dia está acabando
O pôr do sol, o céu crepuscular
Anúncio de novas possibilidades
E o coração se enche de esperanças:
- Amanhã, o sol nasce outra vez!
Imcompreendida
*Poema já postado no Diário de uma Busca: http://imcompreendida.zip.net/
POÉTICA DO COTIDIANO
Textos, Frases, Cartas, Poemas, Canções, Diálogos, Interrogações... Todas as palavras que preenchem o nosso dia-a-dia... com muita poesia!
sexta-feira, dezembro 10, 2010
terça-feira, novembro 30, 2010
Sobre o Tempo
O Tempo que passa e não é aproveitado
Tempo perdido é...
E, se ele passa, bate, apedreja
nos faz virar mulher.
Tudo que existe depende do tempo
se ele não passa,
nada vinga.
Se o tempo pára, tudo vira nada:
fruto não brota, flor não desabrocha
embrião não nasce.
As coisas precisam do tempo
pra nascer, crescer, florescer, desenvolver
e até mesmo morrer.
Se o tempo pára, pára tudo,
pára o mundo.
Passar é o destino do tempo
e ele não tem outra escolha.
Aproveitar o Tempo é uma escolha
ser devorada por ele, já não é.
10/08/2010
Tempo perdido é...
E, se ele passa, bate, apedreja
nos faz virar mulher.
Tudo que existe depende do tempo
se ele não passa,
nada vinga.
Se o tempo pára, tudo vira nada:
fruto não brota, flor não desabrocha
embrião não nasce.
As coisas precisam do tempo
pra nascer, crescer, florescer, desenvolver
e até mesmo morrer.
Se o tempo pára, pára tudo,
pára o mundo.
Passar é o destino do tempo
e ele não tem outra escolha.
Aproveitar o Tempo é uma escolha
ser devorada por ele, já não é.
10/08/2010
terça-feira, agosto 10, 2010
OURO DE TOLO
Ouro de Tolo - Raul Seixas
Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...
Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...
Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...
Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobog
Eu acho tudo isso um saco...
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...
Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...
Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...
Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...
Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobog
Eu acho tudo isso um saco...
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...
Essa música diz muito do que estou sentindo no momento. Daí que você tem um emprego – coisa que muita gente sonha – um salário razoável, a tal “estabilidade” tão buscada por muitos, uma vida que o povo vive pedindo a Deus.
Mas não é isso, no fundo, no seu íntimo você sente que essa não é a sua vida, não é nada disso que você queria. Essa estabilidade não é o que você queria, não te deixa tranquila, segura, por que a vida que você sonhou não é esta. E você nem pode reclamar com ninguém, porque vão te achar maluca, vão dizer que você tem que dar graças, festejar...
O problema é que o que você tá sentindo só você sabe, só você sabe que “deveria estar contente”, deveria, mas não estar. A sensação de estar sentada “no trono de um apartamento com a boca escancarada, cheia de dentes esperando a morte chegar” é tão ruim, parece que voce está muito longe dos seus sonhos, dos seus desejos e você vai murchando, murchando, perdendo a alegria, mas tem que manter o sorriso falso no rosto e achar tudo lindo, e agradecer os parabéns.
E podem dizer que você mesmo assim pode ir atrás dos seus sonhos, mas esquecem que você não tem mais tempo, nem disposição. E você não sabe o que fazer pra curar o vazio de dentro, porque você nunca soube viver na superficialidade.
E você se pergunta o que fazer, se pergunta se está preparado para frustar muita gente que você ama, e se você tem coragem de largar tudo, e o que vai acontecer se voce fizer isso? E se você opta por ficar, e abrir mão do que você realmente quer? Se você se acostumar a viver essa vidnha? Se você aprender a viver no raso?
Todas essas dúvidas, na verdade medos, ficam povoando a sua cabeça – sem respostas. E enquanto você pensa, se pergunta, tem medo, sente angústia, o tempo vai passando, por que ele sempre passa.
sábado, julho 17, 2010
GOSTOS E DESGOSTOS
Quando ele chegou a sua porta todo molhado, debaixo daquele toró, na moto igualmente ensopada, sem blusão, capa ou qualquer outra proteção, ela não quis (ou antes não pode) acreditar. Convidou-o a entrar – era inevitável. Ficaram um tempo parados na porta se olhando, ela sem entender e ele sem explicar. Foi ela quem quebrou o silêncio:
- vou preparar um chá.
- não, não precisa.
- não é nenhum incômodo.
- não é isso... é que não gosto de chá.
Ela ficou parada pensando, tanto tempo, quer dizer, talvez não seja tanto tempo assim, alguns meses, mas de qualquer forma era algum tempo, algum tempo e ela não sabia nada sobre ele, nada sobre os seus gostos ou desgostos, não sabia quem ele era.
Ele continuava sendo para ela aquele mesmo estranho que batera na porta de sua casa numa tarde vazia e que ela deixara ficar. Como fez novamente naquela noite. Passou um café, buscou uma toalha, ele secou-se tirou a camisa, pendurou para secar, sentou-se no sofá. Ela escolheu um CD colocou para tocar, trouxe o café com biscoitos e sentou-se a seu lado.
Ele quis dar-lhe explicações, ela não quis ouvir, não era mais preciso.
- para quê tantas respostas para aquilo que não tem explicação? - disse serenamente.
Ele calou-se e deixou-se ficar como naquele primeiro dia em que chegara a porta dela triste, confuso, quase desesperado e deixou-se acolher pelo olhar doce daquela menina que por mais que quisera e tentara, não conseguia amar, não conseguia sequer conhecer.
Ela deixou-o ficar, mesmo sem amor ou explicações, talvez nada disso fosse preciso, talvez só a presença bastasse, talvez só alguém pra conversar, talvez só um sorriso furtivo, talvez só a dúvida, talvez só talvez.
Conversaram um pouco sobre assuntos aleatórios, do café passaram ao vinho, dos biscoitos aos petiscos. Depois passaram do sofá à cama e dividiram o mesmo lençol, o mesmo calor naquela noite chuvosa, os mesmos corpos, as mesmas salivas e o mesmo sono tranqüilo e profundo.
Na manhã seguinte, ela foi a primeira a acordar, com uma decisão, dessa vez estava disposta a conhecê-lo e não mais deixa-lo ir embora.
quarta-feira, maio 19, 2010
A PAIXÃO DE LÚCIA (título provisório)
Foram apenas três encontros, e ela estava assim apaixonada. Três encontros, pelo menos por enquanto, como podia tanta paixão, pensava Lúcia. É bem verdade que no primeiro ela já estava encantada. Também só podia, ele falava-lhe coisas que tocavam seu coração, elogiava o Amor, falava de filosofia existencialista. Ah! E como ela gostava de filosofia, principalmente existencialista. Adorava Sartre e seus tratados sobre o ser, o nada, o tudo... a angústia de saber a vida sem sentido. Angústia essa que ela sentira desde sempre. Se pudesse teria se dedicado mais ao estudo da filosofia, no entanto coisas da vida lhe impediram: trabalho, marido, filhos, sabe como é, né?
No segundo encontro, ele continuava falando-lhe de Amor, desta vez um outro tipo de Amor. Amor materno. Amor espiritual. Acima das coisas terrenas e das explicações humanas. Ele contava sempre histórias de personagens diferentes, profundos, que se sentiam inadequados e desamparados no mundo. Histórias de Amor e dedicação. E ela se identificava com todos e com cada um. E ia se apaixonando por ele cada dia mais.
O terceiro encontro, depois de algum tempo após o segundo, foi diferente. A conversa foi mais leve e até divertida. Através de um personagem acossado, trapaceiro, enganador e destemido, ele quis dizer-lhe que o Amor deve ser fazer presente, sempre. Que deve-se amar uma pessoa independente do que ela seja. Deve-se amar incondicionalmente.
E depois de todos esses diálogos, ela ficou pensando em sua vida. E concluiu: Ah! Godard Je T’aime! E agora aguarda, ansiosa, um próximo encontro.
Fau Ferreira 19/05/2010
"Alguém me sugere um título??? não gostei muito deste não..."
No segundo encontro, ele continuava falando-lhe de Amor, desta vez um outro tipo de Amor. Amor materno. Amor espiritual. Acima das coisas terrenas e das explicações humanas. Ele contava sempre histórias de personagens diferentes, profundos, que se sentiam inadequados e desamparados no mundo. Histórias de Amor e dedicação. E ela se identificava com todos e com cada um. E ia se apaixonando por ele cada dia mais.
O terceiro encontro, depois de algum tempo após o segundo, foi diferente. A conversa foi mais leve e até divertida. Através de um personagem acossado, trapaceiro, enganador e destemido, ele quis dizer-lhe que o Amor deve ser fazer presente, sempre. Que deve-se amar uma pessoa independente do que ela seja. Deve-se amar incondicionalmente.
E depois de todos esses diálogos, ela ficou pensando em sua vida. E concluiu: Ah! Godard Je T’aime! E agora aguarda, ansiosa, um próximo encontro.
Fau Ferreira 19/05/2010
"Alguém me sugere um título??? não gostei muito deste não..."
quinta-feira, maio 13, 2010
À venda!
Eu estou à venda, mas não custo caro
Pode me levar com um simples abraço,
Afago, beijo na boca...
Eu estou à venda e pode ser à prazo
Aliás, prazo vem de prazer? Poderia...
Eu estou à venda, mas não se engane
A retribuição tem de ser constante.
Eu estou à venda, mas poderias
me levar de graça, com graça...
Eu estou à venda, mas não me engane
Se me quer de verdade
Peço-lhe apenas... que me ame!
Fau Ferreira
domingo, maio 02, 2010
terça-feira, abril 27, 2010
Se eu soubesse tocar violão...
Se eu soubesse tocar violão, cantarolava baixinho qualquer música sem sentido e sem rima e arrancaria dos seus lábios um lindo sorriso, que meus olhos guardariam e tornariam eterno.
quarta-feira, abril 14, 2010
SOBRE O CRIAR...
O ato de criar proporciona mais que prazer.
É uma necessidade.
É a natureza do artista se manisfestando,
a essência florescendo.
O artista não faz a criação
é ela que faz o artista.
Imcompreendida
domingo, abril 11, 2010
Diálogo
- Em quê você quer transformar as coisas?
- Eu quero transformar todas as coisas em palavras.
- Eu quero transformar todas as coisas em palavras.
Reminiscências
A gente cresce e perde certos sentimentos bons sem se dar conta. Como a ansiedade do primeiro dia de aula numa escola nova, a curiosidade pra saber como as coisas funcionam por lá, a insegurança sobre o que vão achar de você, a dúvida se vai encontrar colegas legais... Tantas coisas que quando crescemos nem ligamos mais. Um sentimento incômodo na hora, mas que hoje é tão bom lembrar que dá até vontade de voltar a ter 14 anos, e infelizmente não dá, dá apenas para manter as lembranças.
sábado, abril 10, 2010
sexta-feira, abril 09, 2010
Pra começar: Arthur da Távola
Afinidade - Do Livro: "Alguém que já não fui"
"A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido. Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade. Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar. Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar. Só entra em relação rica e saudável com o outro,quem aceita para poder questionar. Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade. Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona. Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra. A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.Independente dele. A quilômetros de distância.Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar, por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos. Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar sintomas com pessoas distantes, com amigos a quem não vemos, com amores latentes,com irmãos do não vivido? A afinidade é singular, discreta e independente,porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as tem.
Por prescindir do tempo e ser a ele superior,a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente. Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós, para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes. Sensível é a afinidade. É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido. Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau, porque o que define a afinidade é a sua existência também depois. Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afetivo de antes, é alguém com quem a afinidade foi temporária. E afinidade real não é temporária. É supratemporal. Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta, ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas, plantios de resultado diverso. Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças, é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quantos das impossibilidades vividas. Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,para que a maturação comum pudesse se dar.E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado."
Arthur da Távola
- Com quem realmente você tem afinidade? Não deixe isso se perder.
Musa
Texto dedicado aos meus grandes, pequenos, novos, antigos, virtuais e reais amigos, pertos ou distantes.
Apresentação
Então, que era pra ter um textinho bonitinho aqui, explicando o porquê do novo blog, a mudança, o porquê do nome "Poética do Cotidiano", mas já que ele não sai, inauguremos assim mesmo. rsrs Esse é meu novo Blog, não deletarei o antigo, quem sabe um dia dê vontade de voltar pra ele, a gente nunca sabe, não é? Mas, por enquanto postarei por aqui, coisas do dia-a-dia, palavras minhas e alheias, músicas, poemas, coisas bonitas, outras nem tanto, mas sempre buscando o que houver de poético.
Então é isso!
P.S.: A Musa não sou eu, é alguém que me inspira.
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