Aquela resposta o deixou perplexo - como será que aquela menina que à anos atrás havia escrito coisas tão lindas sobre o amor, poderia ter se tornado tão fria? O que será que à fizeram que deixou-a tão cética em relação ao amor? Ele não entendia, no entanto não quis entrar em detalhes. O telefone tocou. Ele precisou ir embora. Não trocaram número de celular, email, ou nada.
Ela, intimamente a mesma garotinha de anos atrás, porém ele era outro, possuidor do mesmo brilho no olhar, mas outro. Aquele reencontro definitivamente não atendeu a suas expectativas. Quando chegou em casa permitiu-se recordar, sentir saudades e chorar tudo o que havia. No dia seguinte estava nova. “Nada como um dia após o outro, com uma noite no meio”.
Depois daquela tarde não se viram mais, nunca mais.
Ocorreu que a partir do instante em que eles se afastaram, irremediavelmente perderam-se. Será que ela já havia parado pra pensar que talvez nem o amasse mais? Talvez só amasse as lembranças que ele à deixou.
Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece, mas vai vê que tudo aquilo foi apenas uma paixão frustrada de infância. Nada de drama. É preciso fechar ciclos e abrir-se para novas histórias.
Texto escrito pela minha pupila Mary C.
Um comentário:
Doloroso, delicado e metamorfosico!
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